Visionário e homem com mundo

Alfredo da Silva soube tirar partido das tecnologias de comunicação, de informação e de transportes da sua época. Anualmente, fazia várias viagens ao estrangeiro, de carro ou de comboio, para negociar com fornecedores e clientes e para se inteirar dos equipamentos mais atuais que depois comprava para modernizar as suas fábricas. E nestas ausências, assim como durante o seu exílio entre 1920 e 1927, recorria ao correio e ao telégrafo acompanhar e gerir as suas empresas à distância. Além disso, onde quer que estivesse estava sempre muito bem informado, pois lia religiosamente vários jornais portugueses, espanhóis, franceses e britânicos.

Visionário, em 1910 percebeu as vantagens de promover os seus produtos junto dos potenciais consumidores e atribuiu essa função de relações públicas a um funcionário da CUF, que viajava permanentemente pelos campos para mostrar aos agricultores os benefícios dos adubos da CUF em relação aos da concorrência. Em simultâneo, patrocinou a publicação de uma revista mensal, A Agricultura, que também era um meio de promoção dos seus produtos e onde aproveitava para divulgar as atividades e a importância do grupo CUF.