Lisnave
Lisnave Almada
O empresário Alfredo da Silva foi o fundador de empresas como a Companhia União Fabril (CUF), a Tabaqueira, o Estaleiro da Rocha do Conde de Óbidos (depois Lisnave), o Banco Totta e a Companhia de Seguros Império.
A entrada do empresário no ramo dos transportes marítimos deu-se em 1911 com uma frota de sete navios para cargas e descargas, fundamental para o transporte de matérias-primas e também de produtos acabados, e consolida-se em 1919 com a constituição da Sociedade Geral, que em dois anos adquiriu oito navios.
Em 1937, o grupo CUF assumiu a concessão do Estaleiro Naval da Administração Geral do Porto de Lisboa, na Rocha Conde de Óbidos, garantindo desta forma o controlo do maior estaleiro nacional, peça vital para a frota da Sociedade Geral de Indústria Comércio e Transportes. Durante a II Guerra Mundial, que se iniciou em 1939, Alfredo da Silva focou-se na reparação e construção de embarcações para as frotas pesqueiras nacionais e estrangeiras (na Rocha Conde D’Óbidos) e usou a frota da Sociedade Geral para cobrir a lacuna dos navios de transporte.
Após a sua morte, em 22 de agosto de 1942, e já sob a liderança do seu genro Manuel de Mello, a companhia adotou o nome de Estaleiros Navais de Lisboa (Lisnave) e expandiu-se para a margem sul do rio, onde o novo estaleiro da Margueira, inaugurado a 23 de junho de 1967, se tornaria num dos maiores estaleiros de reparação naval em todo o mundo, que chegou a ter 10 mil colaboradores nos seus quadros e a maior doca seca do mundo, a doca 13, batizada Alfredo da Silva, com uma capacidade de docagem para navios até 1 milhão de toneladas de porte.
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