O Barreiro criado por Alfredo da Silva

Alfredo da Silva escolheu o Barreiro para construir aquele que se tornou num dos maiores polos industriais de toda a Europa. Em 1907, o empresário propôs o estabelecimento de um grande complexo produtivo das indústrias química e de adubos. Alfredo da Silva escolheu uma vila de pescadores no outro lado do rio Tejo, para albergar as ambições de expansão da CUF, que não podia continuar a crescer em Alcântara. Comprou terrenos e deu início à construção daquele que se tornaria num dos maiores polos industriais de toda a Europa, de onde saíram as primeiras exportações portuguesas incorporando tecnologia de ponta.
No Barreiro, Alfredo da Silva inovou na produção e materializou a sua visão do mundo do trabalho, criando infraestruturas e promovendo serviços de apoio social aos trabalhadores, nas áreas da previdência, saúde, educação, e cultura e lazer, replicando e ampliando a obra social desenvolvida em Lisboa, que naquela época eram pouco comuns. Durante a sua vida e a dos que lhe sucederam, o complexo produtivo do Barreiro foi dotado de bairros para os operários e quadros dirigentes, infantário e escola primária, posto médico, e moagem e padaria, “despensa” (supermercado), refeitórios, messe, estádio privativo para o grupo desportivo, centro educativo, colónia de férias, cinema e ginásio.